quinta-feira, 24 de julho de 2008

CARAVANA TERMINA COM APELO A MINISTÉRIO PARA INCLUIR VALE DO PIANCÓ NA TRANSPOSIÇÃO

FONTE: WSCOM


Vídeo apresenta o Projeto São Francisco e o andamento das obras nos Eixos Norte e Leste, em Pernambuco, iniciadas no último ano de 2007
Audiência Pública, no Senado Federal, sobre o Projeto Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional



CARAVANA TERMINA COM APELO A MINISTÉRIO PARA INCLUIR VALE DO PIANCÓ NA TRANSPOSIÇÃO


Um importante documento foi assinado na tarde desta quarta-feira, 23, no município de Itaporanga, alto Sertão paraibano – 425 quilômetros de João Pessoa. Trata-se de um texto reivindicando ao Ministério da Integração Nacional que incorpore no projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco (Eixo Norte) o Vale do Piancó, que compreende 21 municípios, como mais de 200 mil habitantes. A assinatura aconteceu na 7ª Região Estadual de Educação e Cultura.

FONTE: A FONTE É NOTICIA

Dentre as diversas autoridades que assinaram o texto, elaborado pelo representante do Ministério da Integração Nacional, José Luiz de Souza, estão o arcebispo da Paraíba e presidente do Comitê Paraibano pela Transposição, Dom Aldo Pagotto; o prefeito de Itaporanga, José Silvino; o prefeito de Conceição, Alexandre Braga; o secretário do Comitê; Chico Lopes a representante da Aesa, Márcia Araújo; da Famup, Bosco Marinho; da Fetag, Liberalino Ferreira e ainda membros de associações, sindicatos e da iniciativa privada. "Temos que convencer o Governo Federal a incluir o Vale do Piancó no mais importante projeto já visto para o Nordeste", acrescentou Chico Lopes.

FONTE: A FONTE É NOTICIA

O ato faz parte da programação de viagem da comitiva que percorreu, durante três dias, mais de 1.400 quilômetros visitando o andamento das obras dos eixos Leste e Norte que levarão águas do Rio São Francisco por dois canais de abastecimento que beneficiarão quase 200 municípios paraibanos. Eixo Norte - De acordo com o projeto, o Eixo Norte consiste de um percurso com mais 400 km de canal, com ponto de captação de águas direto do Rio São Francisco, próximo à cidade de Cabrobó/PE. Com o final das obras, as águas seráo transpostas aos rios Salgado e Jaguaribe até os reservatórios de Atalho e Castanhão, no Ceará; ao Rio Apodi, no Rio Grande do Norte; e Rio Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte, atingindo os reservatórios de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, ambos na Paraíba e Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte.

FONTE: A FONTE É NOTICIA









Fonte:
Fernando Patriota
WSCOM Online



sexta-feira, 18 de julho de 2008

O NORDESTE E A TRANSPOSIÇÃO





Vídeo apresenta o Projeto São Francisco e o andamento das obras nos Eixos Norte e Leste, em Pernambuco, iniciadas no último ano de 2007

http://www.mi.gov.br/saofrancisco/fotos/videos/04.asp





Audiência Pública, no Senado Federal, sobre o Projeto Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional

http://www.mi.gov.br/saofrancisco/fotos/videos/03.asp






O NORDESTE E A TRANSPOSIÇÃO



E público e notório que de fato existe um questionamento nacional sobre a viabilidade da Transposição (adução) das águas do “Velho Chico” para os Rios intermitentes do Semi-árido de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte... Logicamente, existem os que são a “favor” e outros “contra”...Obviamente, cada qual defendendo seus interesses... Mesmo existindo interesses dubiedosos de ambos os lados... Entretanto, sou a favor...

Pois, além de trazer “Água de Beber”... Trará, sobretudo, a “Priori”, Empregos e Renda para milhares de nordestinos”... É bom lembrar também... Isto não só na execução desta tão questionada “Obra Hídrica”... E evidentemente, na sua solução de continuidade...





Neste caso, se por ventura, quando se concluir esta referida obra após 2010... Se os futuros governantes de nosso querido Brasil...


Dar continuidade a esta referida obra... E fizerem uma Gestão Compartilhada e Participativa das águas do “Velho Chico”... Com a população nordestina meridional(Bahia, Sergipe, Alagoas) e a população nordestina Setentrional(Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte), pois, o Rio São Francisco, é o Rio da Integração Nacional... Não só trará “Desenvolvimento sustentável”...
E, sobretudo, acabará de vez com o “Êxodo Rural”... Do Nordeste para o Centro-Sul(leia-se Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília)... Aonde, certamente, fixará o homem nordestino do campo... No campo...

Neste caso, os poderes constituídos(União, Estados e Municípios)... Concomitantemente, dará “Suporte” (Educativo, Técnico e Financeiro), dando a eles(todos nós sertanejos nordestinos)... Ferramentas de “Direitos Invioláveis” de uma sociedade... Para o nosso desenvolvimento sustentável... Aonde sempre foi negado...

Donde se conclui:

Resgatando desta forma: O direito de eles( neste caso, incluo-me), de fazerem o que sabem fazer... Só assim, sairemos de vez... Desta dependência secular Política- Econômica - Social... Que tanto, nos explora... Pelo que é público e notório, desde o “Brasil Imperial”...


De que sempre foram tirados de todos nós Nordestinos... Os Direitos Primários Constitucionais do acesso a “ÁGUA” e ao “PÃO”... Que obviamente, ocasionaram o subdesenvolvimento do Nordeste...


PEDRO SEVERINO DE SOUSA
www.pedroseverino.xpg.com.br

ESCRITOR DO LIVRO:
ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA
(
www.aguapss.rg3.net)
João Pessoa(PB), 16.09.2007


Leia no
www.google.com.br,
“PEDRO SEVERINO DE SOUSA”

BLOG PEDRO SEVERINO ( TERRA PLANETA ÁGUA)
http://pedroseverinoonline.blogspot.com/



segunda-feira, 7 de julho de 2008

TRANSPOSIÇÃO: SÓ ELA VENCERÁ O FLAGELO DAS SECAS.







VÍDEOS SOBRE...

Luiz Gonzaga - Asa Branca
http://br.youtube.com/watch?v=u7mDEIH8dPw&feature=related


Paraíba Masculina
http://br.youtube.com/watch?v=69rv13vRK98







Transposição: só ela vencerá o flagelo das secas.
Folha de Pernambuco - Pernambuco
*Fernando Valença

Fui criado no cariri mais pobre do mundo, da Paraíba! Menino de uns 6 anos, tirei água de cacimbas e dei de beber a ovelhas e seus filhotes,“morrendo de sede”...; vi meu pai à frente de 2 carros de boi, seguido de meia dúzia de sertanejos da roça, resgatar duas de nossas vacas de leite que, sem forças para se levantar, foram assim carregadas para o curral de nossa casa, (onde já estavam cavados 9 buracos (3+3+3), paralelos, e dentro de cada um deles um tronco forte para suportar o peso delas, de pé, apoiado em uma espécie de tipóias feitas com sacos novos de café em grão), local apropriado para tentarmos mantê-las vivas, alimentando-as e dando-lhes água pra beber, em cuias de cabaça! Uma das duas não resistiu e logo morreu; mas a outra escapou.


Enquanto isso, era constante a visão de animais domésticos se exaurindo, até à morte, de fome e de sede; até pessoas, pobres agricultores, também padeciam e morreram, de fome e de sede sem falar de doenças que o flagelo da seca provoca...

Alguns não suportam e migram (vão embora), com o coração partido. Por volta dos 14 anos fui embora, migrei; queria “estudar”, imagine. Muitos de nós faziam (e ainda fazem) isso...

Uns 200 anos depois que o Brasil foi descoberto, já havia sido percebida a excelência do clima dos sertões do nordeste para a atividade agro-pecuária e formidáveis fazendas de gado, de donos portugueses, foram feitas. De repente, houve uma seca pavorosa! No período 1721/6, cinco anos sem chuva regular! O Capitão Mor de Pernambuco escreveu para o Rei de Portugal, contando a mortandade de gado, de outros animais e até de gente devido à seca! O único sinal de vida normal era dos abutres que se saciavam, de carniça em carniça, nos sertões da Capitania, das margens do S. Francisco aos cariris cearenses! O Rei se comoveu e enviou 3 Caravelas cheias de alimentos/remédios e ferramentas; foi o embrião da “Assistência ao flagelado”, algo que –hoje em dia- é uma patifaria política da pior espécie: fornece carros-pipa, distribui cestas básicas de alimentos e comprimido pra dor de cabeça e “escolhem” alguns para as “frentes de trabalho” que nada mais é do que uma manobra imoral de “aliciamento político”, por parte desse tipo deplorável de brasileiro que domina a cena, mantendo os pobres miseráveis, porém reabastecendo os próprios cofres: nada como uma seca, de vez em quando, para aquele reabastecimento.
Nem precisa dizer muito; esse tipo de mau brasileiro é contra a Transposição, ferrenho...

O povo não sabe que a causa da seca no semi-árido do NE é a irregularidade da chuva! Trata-se de um fenômeno climático que o homem não sabe vencer. É muito longo dizer mas tem a ver com a inclinação do eixo da Terra:


Seus movimentos de rotação, 24/24hs., (em torno do próprio eixo) e de translação, 365 dias e 6hs.,(em torno do Sol):
Formação dos ventos; etc.Variações nesse sistema ocorrem em milênios! A história menciona que, no tempo do Brasil Colônia, começaram as cogitações de combater a seca no semi-árido


FONTE:
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO
LINK OPINIÕES


sábado, 5 de julho de 2008

O PLANETA ÁGUA






VÍDEOS SOBRE...




Projeto Transposição do Rio São Francisco INPE/SP
http://br.youtube.com/watch?v=ORG6H_rXp_0



O PLANETA ÁGUA

*PAULO GADELHA


É inafastável determinismo histórico: a água será o petróleo do século XXI. Assim, pelo seu uso e aproveitamento, tudo pode acontecer, inclusive conflitos entre nações.

É que, para a ONU, por exemplo, "os problemas mais importantes do século XXI são a quantidade e a gestão da água". Assim, dentro de tal paisagem, é caótica a situação mundial.


Começa, diz a Organização das Nações Unidas - ONU - pelo fato de que, em inúmeras regiões do planeta terra, populações inteiras não dispõem, pelo menos, de cinqüenta litros diários, per capita, para o atendimento de suas necessidades mais urgentes, quando é sabido que, nos países mais desenvolvidos da União Européia, o consumo médio oscila entre 300 a 400 litros, ao dia, e nos Estados Unidos a média, por habitante, gira em derredor dos 600 litros. No seu diagnóstico, a ONU:


Lembra que, no mundo, atualmente, um bilhão e cem milhões de pessoas não têm acesso à água potável.

Depois, para o Grande Fórum Internacional, em relatório recentemente divulgado, dois bilhões e quatrocentos milhões de seres humanos, em todos os quadrantes da terra, não possuem saneamento básico, pela falta - é o óbvio - daquilo que, lugar-comum à parte, os cronistas do cotidiano, com muita propriedade, chamam de "O Precioso líquido". Realmente, precioso e indispensável. Neste quadro desesperador, o Brasil é um oásis.

De fato, é o nosso país a maior reserva de água doce do planeta, representando cerca de 12% do potencial de todos os continentes.


Acontece que, boa e abundante, a nossa água é pessimamente distribuída. Vejamos. A Amazônia:





Isto é, a chamada região norte, detém 88% de todo volume de água do Brasil, para um contingente que representa apenas 5% do total da população brasileira. No Nordeste:



Ressalte-se, vivem 35% dos brasileiros, mas a nossa região tem somente 4% da água do País.

Democratizar a sua distribuição e utilização é imperativo de paz social e desenvolvimento harmônico.




Neste campo, inevitavelmente, entra a Transposição do Rio São Francisco:






Como a grande alternativa para o refazer da área nordestina.
É, sem dúvida, uma espécie de "Abre-te, Sésamo", para a realização de um sonho sonhado desde o Império.

No Brasil, como já foi feito no Egito, na China, na Espanha, na África do Sul, nos Estados Unidos, no Equador, 70% das águas transpostas serão direcionadas para a agricultura irrigada, enquanto os 30% restantes terão usos diferentes, urbanos e industriais.

Agora, com certeza, transposto o Rio da Unidade Nacional, 12 milhões de excluídos sociais irão construir a sua história. Quem viver, verá.


*PAULO GADELHA:
DESEMBARGADOR FEDERAL DO TRF (QUINTA REGIÃO)



FONTE:
OPINIÃO- MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/opinioes/opiniao53.asp





quinta-feira, 3 de julho de 2008

O GOVERNO LULA LANÇOU O PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2008/2009





VÍDEO SOBRE...


O GOVERNO LULA LANÇOU O PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2008/2009





O governo federal lançou hoje o Plano Agrícola e Pecuário 2008/09, que deve destinar R$ 78 bilhões para empresas agrícolas e para a agricultura familiar. A expectativa do governo é de que o aumento da oferta de crédito, do seguro rural e a manutenção da taxa anual de juros em 6,75% aumentem a produção brasileira de grãos em 5% na safra 2008/2009. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê uma colheita de 144 milhões de toneladas na safra 2007/2008. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, estiveram em Curitiba para o lançamento do plano. No evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou mais uma vez o papel que o Brasil pode ter ajudando a atender as necessidades de alimentos do mundo.
Ele disse que o mundo está comendo mais e que isso é uma coisa boa. "Ainda não temos a dimensão do que pode acontecer no mundo com 200 milhões de pessoas tendo acesso à comida a cada ano", disse o presidente.


"Nós brasileiros precisamos encarar isso, que para os outros é uma crise, como uma oportunidade de nos transformarmos verdadeiramente no celeiro do mundo", afirmou Lula. "Quando o mundo quiser comer, o Brasil vai dizer 'venha'". O presidente também voltou a falar sobre o etanol:


Defendendo o combustível brasileiro. Ele disse que quando o mundo desenvolvido quer discutir a comida, põem a culpa no etanol. "Eles não querem discutir o quanto o petróleo influi no preço do fertilizante", disse Lula. O presidente disse que os países desenvolvidos passam por uma crise financeira e, que "se a crise fosse no Brasil, ia ser igual potinho de água benta, todo mundo querendo botar o dedo".

Plano agrícola O presidente disse ainda que o plano agrícola atual foi feito de forma diferente. Segundo ele, antes o plano não era discutido e havia briga entre quem queria dinheiro e quem não queria liberar. Lula disse que, especialmente em anos de eleição, "é um desastre, aparece um 'salvador da pátria' para tudo". "Como se fosse possível inventar um estado, inventar dinheiro" para atender as demandas de todos os grupos, afirmou o presidente. "Queremos garantir que não vai acontecer como acontecia há 20 anos, que o cidadão plantava e depois tinha que jogar fora porque não tinha preço [garantido]", disse Lula, que destacou a necessidade de ter regras estáveis. "Queremos criar seguro agrícola consagrado para garantir que o agricultor vai ter oxigênio se fizer muito sol ou muita chuva." O presidente disse que amanhã será anunciado o plano para a agricultura familiar, que tem o objetivo de dobrar a produção das propriedades. "Chega de agricultura de subsistência. Temos que mostrar para o pequeno agricultor que é bom ganhar dinheiro". Lula disse que haverá disponibilização de 60 mil tratores para agricultura familiar. Juros negativos Stephanes destacou algumas medidas do plano agrícola. A primeira é uma linha de crédito que terá juros de 2% ao ano para financiar o investimento na agricultura familiar. A segunda medida é um programa para recuperação de áreas degradadas que contará com recursos de R$ 1 bilhão oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e terá taxa de juro máxima de 6,75% ao ano. "O governo não quer que a agricultura avance nas áreas do bioma amazônico", afirmou o ministro. Stephanes também destacou as linhas especiais de financiamento para o feijão, que terá seu preço garantido pelo governo, que comprará o excesso de produção. "O governo deseja dar resposta a esse momento que o mundo vive, de necessidade de comida e energia limpa", disse ele. O ministro falou ainda sobre os adubos, que representam de 30% a 50% do custo de produção. "Os adubos estão dobrando ou triplicando de preço", disse Stephanes. O ministro disse que o Brasil é dependente de importação de fertilizantes, e afirmou que o governo está mobilizando instituições para anunciar até o final do ano medidas para atingir a auto-suficiência em fertilizantes em 5 a 10 anos. O ministro afirmou que é contra qualquer imposto na importação de fertilizantes. "A tendência é desonerar. Taxar importação, nunca", disse ele ao chegar ao Expo Unimed, em Curitiba.

FONTE: Agência Estado

terça-feira, 1 de julho de 2008

UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DAS SECAS NO SEMI-ÁRIDO.

VÍDEOS SOBRE...

Saga Seca - A Epopéia Sertaneja
http://www.youtube.com/watch?v=e-_ioiepBfw

Seca d'Água (Projeto Nordeste já)

A Triste Partida

VEJA SITE COM A CRONOLOGIA DA SECA:






UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DAS SECAS NO SEMI-ÁRIDO.





Já se souber há muito tempo, desde de logo após ao descobrimento do Brasil, que remonta a 1559, o primeiro registro de seca no Nordeste, segundo narra o livro História de companhia de Jesus do Brasil, do Padre Serafim Leite, citado por Guerra (1951). Sabe-se que no calendário de secas no Nordeste, de um modo geral, ocorreram 9(nove) secas por séculos, uma a cada 11(onze) anos. Apesar de afetarem índios e os primeiros colonizadores, as secas dos séculos XVI e XVII não tiveram grandes impactos socioambientais, devido ao número reduzido de habitantes e à abundância de recursos naturais que minimizaram os efeitos das secas (Brito Guerra, 1981). A partir do século XVIII começaram ocorrerem secas de maiores gravidades, como a de 1777 a 1788, quando restou apenas 1/8(um oitavo) do gado da capitania do Ceará(Brito Guerra, 1981).

Dentre as secas que causaram maiores prejuízos, destacam-se as secas de 1877 a 1879, que ocasionaram à perda de mais de 500.000(quinhentas mil) vidas humanas(Brito Guerra, 1981)... Isto ocorreu também, devido à falta de preparo dos então governantes para enfrentarem este problema de estiagens nestes citados anos. De fato também ainda não existia a "Política de açudagem", para coletar precipitações pluviométricas isoladas que aconteceram na região, muito sofrimento seria evitado. Só depois dessa conhecida "Grande Seca", que motivou o Império a tomar as primeiras medidas para se combater os efeitos de estiagens no Nordeste. Aonde o Imperador Dom Pedro II veio ao Nordeste e prometeu vender "Até a ultima Jóia da Coroa" para amenizar o sofrimento dos súditos desta região.

Decorrente disto, no final do século XIX, entre 1886 a 1889, fez comque o Imperador Dom Pedro II:



Criasse a Comissão da Seca, formada por uma equipe internacional e multidisciplinar. Baseada em experiências e modelos estrangeiros, a comissão apresentou uma proposta de construção de açudes e reservatórios públicos que, além de ter mais resistência - passando água de um ano para outro -, tinha um caráter mais abrangente ampliando o atendimento a pequenas localidades.




Este foi o primeiro passo para Política de construções de açudagem aqui noNordeste, que começou com o açude Cedro, em Quixadá, - iniciado em1888 e concluído em 1906...
Após a conclusão dessa obra, em 1909, foi criado Instituto de Obras Contras as Secas (IOCS)...

No século XX, de 1915 até o inicio da década de 70 no Governo Militar de Emilio Garrastazu Medice. Anos do "Milagre Econômico", do então Ministro da Fazenda Delfim Neto... Aonde veio começar o desenvolvimento Industrial no Brasil, que por via de conseqüência, aumentar substancialmente o êxodo rural, onde se principiou numa progressão geométrica a devastação de matas e florestas, para expansão das médias e grandes cidades... Afora o aumento progressivo das emissões dos gases poluentes jogados na natureza.

Que segundo, o INMET(Instituto Nacional de Meteorologia), os anos de 1915, 1919, 1930, 1953, 1954, 1958, 1962, 1966, e 1970... Foram anos de extremas irregularidades espacial e temporal das chuvas, para não dizerem secos...
Nestas décadas e seus respectivos anos, só não aconteceu o pior, por que o então Presidente Hermes Rodrigues da Fonseca:

Na seca de 1915 reestruturou o Instituto de obras contra as secas (IOCS), que passou a construir açudes de grandes portes. Até então, o IOCS, só se construíam poços, confecção de mapas e abertura de estradas... Que logo depois no ano de 1919, no governo Nilo Peçanha, o IOCS, foi transformado em DNOCS que recebeu ainda em 1919 (Decreto 13.687), o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS antes de assumir sua denominação atual, que lhe foi conferida em 1945 (Decreto-Lei 8.846, de 28/12/1945), vindo a ser transformado em autarquia federal, através da Lei n° 4229, de 01/06/1963... Aonde neste interino foram construídas centenas de açudes nos Estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte.

Agora, entretanto, depois desta abordagem, aonde se mostrou o ciclo de estiagem no semi-árido do nordeste do Brasil, desde logo após do nosso descobrimento, até o inicio da década de 70, anos do nosso milagre econômico. Que até então, ainda, não se tinha degradação ambiental, através de devastação de matas e florestas, e as grandes emissões de gases poluentes... E, sobretudo, o processo latente de desertificação de todos os nossos ecossistemas.Sabe-se, que o processo de ciclo de estiagens de uma região, estar intrinsecamente, vinculado à dinâmica do seu evolutivo processo de desertificação, principalmente, ocasionado e acelerado pelas ações do homem... Que dentro da civilização humana, temos um exemplo, mais que palpável que é sobre as civilizações Egípcias, que acelerou a formação do "Deserto do Saara"... Que justiça seja feita também, que esta dita cuja, formação do Deserto do Saara, recebeu influencia direta de sua composição mineralógica dos seus solos, que se compõem com um alto teor cloreto de sódio, e predominância de rochas areniticas... E, sobretudo, outrora, há milhões de anos atrás, esta mencionada área(deserto do Saara):




Era coberto pelo Mar Vermelho e Mediterrâneo... Pelo visto, salenizando ainda mais, os seus solos. Tornando uma área imprópria para germinação de matas e florestas.

Enquanto que o permanente ciclo de estiagens, ora abordado aqui , se teve a intenção de mostrar que nos séculos XVI, XVII, XVII, XIX e XX até os anos 70... Que, Ainda não se tinha o processo devastador do desmatamento das matas e florestas, principalmente das matas ciliares, e nem tampouco o aquecimento global, através das mudanças climáticas.


Entretanto, ocorreram secas, que deixaram seqüelas irreversíveis para o bem estar socioambiental de toda comunidade nordestina. Por sorte, não tivemos ainda um processo acentuado de desertificação, similar ao Deserto do Saara, por que a composição mineralógica dos solos na grande maioria do Nordeste( exceto em algumas regiões, como por exemplos, região de Mossoró(RN), banhada pela a bacia hidrográfica do Rio Apodi:




E a região da chapada do Araripe no Ceará...





Afora Cariri e Curimataú Paraibano):





Serem constituídos por "Solos argilosos", que tem baixo teor de salinidade... E a nossa civilização ser bem mais nova do que a civilização egípcia, enquanto que a civilização egípcia, ter mais de três mil anos...Nos, nordestinos, como sociedade, temos menos de 500(quinhentos anos)...

Dando prosseguimentos nos anos de secas, no nordeste... Durante a década de 80, rigorosamente só teve um interstício de uma seca. Que foram os anos de 1982 e 1983... Nos anos de 1984, 1985 e 1986 foram formidáveis anos de chuvas, aonde sangraram a grande maioria dos açudes construídos pelo DNOCS... Como por exemplo, o complexo Estevão Marinho – Mãe D' Água, conhecido popularmente, pelo açude de Coremas(PB):

Que sangrou com a sua maior lamina D'água da sua História, que chegou atingir a 2.80cm(dois metros e oitenta) centímetros... Já nos anos da década de 90... Os anos de 1993, 1996, 1997, 1998 e 1999, foram anos sofríveis...




Que continuaram até o inicio da década de 2000, ou seja até o ano de 2001... Entre 2002 e 2003, já teve certa melhora, que a partir de Janeiro de 2004 até a presente data Junho de 2006, melhorou substancialmente, em média nos seus índices de chuvas, aqui no Nordeste do Brasil, principalmente, na sua microrregião sertaneja... Que no ano subseqüentes de 2007...Tivemos uma leve diminuição desses índices pluviométricos... Entretanto, já neste ano de 2008...Tivemos uma estação chuvosa colossal...aonde levou a sangrar(transbordar)...Quase todos os grandes açudes do semi-árido nordestino...Excetuando o Açude Castanhão no Estado do ceará...Que tem em sua capacidade máxima de 6,7 bilhões de metros cúbicos de água...chegando ainda a um volume de entorno de 90%...
Agora diante de tudo isto, merece uma reflexão... É sabido por todos, que esta região semi-árida do nordeste do Brasil, sempre foi de permanentes ciclos de estiagens, que culturalmente falando, a grande maioria dos nordestinos, já os são conformados, apesar de existirem alguns visionários, aonde vislumbram dias melhores... Agora que não dar para se conceber, como visto, que nós nordestinos, aonde vivemos eternamente, ou melhor, secularmente, contido dentro dessa adversidade climática de permanentes ciclos de estiagens, e ainda não se aprendeu a conviver com este permanente ciclo de adversidade meteorológica, aonde o clima é um eterno "vilão" e o homem, um eterno "sofredor"...

Segundo o entendimento, de Pompeo Maroja, o problema do nordeste, não meteorológico, e sim, hidrológico... "Os problemas meteorológicos são imutáveis. Ninguém evita. Mesmo nos países ricos do Primeiro Mundo, como nos Estados Unidos da América. As grandes catástrofes, terremotos, ventos a mais de 200 km/h, erupção de vulcões. Grandes enchentes, inundações etc. Secas e estiagens têm soluções aqui na terra. Nas faltas de chuvas em nossa região, não devemos nos preocupar com El Nino, com o aquecimento das águas do Pacífico. Com frentes frias e coisas assim. A observação desses fenômenos é válida para o Sul do Brasil. A fim de que se possam prever as grandes inundações. Os alagamentos do Rio e São Paulo. O afogamento de rebanhos nos pantanais de Mato Grosso e geado nas áreas mais ao Sul do País. Entretanto, no Nordeste, nada disto prevalece. Portanto, temos que nos conscientizarmos, pois, como certo que os fenômenos meteorológicos são imutáveis".

Concordo em grau, número e gênero com esta premissa de Pompeo Maroja. Pois, como é sabido por todos, que a média de chuvas no semi-árido do nordeste do Brasil, é em torno de 800 mm(oitocentos) milímetros. Que se deve ressaltar em "Solos", considerados ótimos... Enquanto que na Califórnia, oeste dos estados Unidos, região de terras ruins e de precipitação pluviométrica que não atingia nem 600mm ao ano. Entretanto, é uma região tão rica em produção agrícola. Tendo, menos chuvas, portanto, que o nordeste brasileiro em ano considerado normal. Por que os Norte-americanos fazem adução das águas rio Colorado, para esta mencionada região de produção agrícola.Agora, entretanto, o que vem agravando de fato a problemática hidrológica nesta região do semi-árido do nordeste do Brasil, segundo meu entendimento, é mais devido, as praticas agricultáveis de manejos inadequados pelas atividades agrícolas ainda rudimentares, com praticas de queimadas, e, sobretudo, na preparação de áreas para o plantio, não obedecendo às técnicas agronômicas e de engenharias agrícolas, e até mesmo, ecológicas, por aonde venham amenizarem os processos erosivos, que vem inexoravelmente, sem exceção, assorear todos os seus corpos hídricos, desde um pequeno córrego até um grande rio...

Levando aos recursos hídricos desta região, um processo letal de "Estresse Hídrico", sempre que ocorrem, os repetitivos ciclos de estiagens, que é comum, neste semi-árido do Nordeste do Brasil.


PEDRO SEVERINO DE SOUSA.
JOÃO PESSOA(PB), 30.06.2008
Leia no
www.google.com.br,
" PEDRO SEVEINO DE SOUSA"