segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PROPOSTA DO SISTEMA CUREMA/MÃE D’ÁGUA... INTERLIGANDO COM SÃO GONÇALO.

     Fonte: DNOCS(Departamento Nacional de Obras Contra as Secas)

PT01 COREMAS...TERRA DAS ÁGUAS.

PT02 COREMAS...TERRA DAS ÁGUAS.


PT03 COREMAS...TERRA DAS ÁGUAS.


                                              
                                               
PROPOSTA PEDRO SEVERINO:

 PARA O SISTEMA CUREMA/MÃE D’ÁGUA
 INTERLIGAR COM O AÇUDE DE SÃO GONÇALO 
E POR CONSEQÜÊNCIA INTERLIGAR COM TODAS AS OUTRAS BACIAS HIDROGRAFIAS DO ESTADO DA PARAÍBA... POR NÃO DIZER, TAMBÉM, DO RIO GRANDE DO NORTE E CEARÁ.

Segundo, o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) o Sistema Coremas/Mãe D’Água, formado pela junção das águas dos Açudes Corema e Mãe D`Água, está localizado no Município de Coremas, Estado da Paraíba, a cerca de 400km de João Pessoa.
A bacia de capitação do sistema mede cerca 8.000 km2 e é formada pelos rios Piancó e Aguiar.
O conjunto Curema/Mãe D’Água justifica simplesmente como obra regularizadora do rio Açu, indispensável ao estabelecimento das obras de irrigação no baixo vale.
A regularização do rio Piancó, obtida mediante certa descarga, mais ou menos constante no Curema, fez surgir o aproveitamento total ou parcial do potencial hídrico assim desenvolvido. Um determinado volume foi desviado para as várzeas de Souza, completando dessa forma as possibilidades de irrigação do sistema do Alto Piranhas.
Foi então necessário encarar a elevação d’água, pois as cotas dos leitos dos rios boqueirões do Curema e do Mãe D’Água são mais baixas do que a cota respectivas no boqueirão do São Gonçalo, açude distribuidor, por excelência, do sistema de irrigação do Alto Piranhas, do qual também faz parte, como reservatório alimentador, o Açude Piranhas, construído para 255 milhões de m3. A elevação é feita por meio de um sistema turbo gerador, instalando-se o turbo gerador no Açude Curema e a eletro bomba no Mãe D'Água.
A água é elevada aproximadamente da cota 207,00 para a 249,00 e lançada no São Gonçalo à cota 235,50, após um percurso estimado em cerca de 45 km, dos quais 30 km em canal aberto e o restante em túnel e dessa forma, os 20.000 hectares da várzea de Souza, além da água fornecida pelos Açudes São Gonçalo e Piranhas, têm o concurso do conjunto Curema-Mãe D'Água, ao todo são quatro reservatórios com a capacidade global de 1.660 milhões de metros cúbicos.
O conjunto Coremas/Mãe D’Água/Piranhas, além de atender os 20.000 hectares da várzea de Souza, atenderia com maior eficiência hidrográfica, o Eixo Norte do Projeto de Integração São Francisco (PISF). Do que o existente Projetado (o Eixo Norte, a partir da captação no Rio São Francisco próximo à cidade de Cabrobó – PE percorrerá cerca de 400 km, conduzindo água aos rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Apodi, no Rio Grande do Norte; e Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte).
Atenderia também, os Estados do Rio Grande do Norte e  Ceará, através do Açude Lagoa do Arroz (a barragem do Açude Lagoa do Arroz, com capacidade máxima de entorno de 80.000.000 m³ (oitenta milhões de metros cúbicos), situa-se no município de Cajazeiras,  Estado da Paraíba, no vale do riacho Cacaré, afluente pela margem direita do rio do Peixe, na bacia do alto Piranha, distante em linha reta cerca de 420 km de João Pessoa e 360 km de Fortaleza.

O acesso ao local, por via rodoviária, pode ser feito a partir de João Pessoa, através da BR-230 e BR-116, a partir de Fortaleza. O objetivo principal do reservatório, além da piscicultura e cultura de vazante, é a perenização do riacho Cacaré para irrigação a jusante, onde existem cerca de 1.800 ha de solos aluviais irrigáveis, que serão posteriormente objeto de projeto específico de irrigação.

A partir do consumo anual de 13.160m³/ha, verificado para a cultura do arroz em São Gonçalo, definiu-se em 800 ha a área irrigável a partir do lago formado por onde desaguaria as águas do São Francisco para os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará através da Chapada do Apodi, depois vencer o “Divisor D’água”, entre uma das nascentes do Rio do Peixe, localizado no município Paraibano de Poço Dantas até chegar às nascentes do vale do Apodi no município Norte-Rio-Grandense de Pau dos Ferros. Que irá desaguar por gravidade no açude de Santa Cruz do Apodi-Rn (lago artificial, que tem capacidade para armazenar 599 milhões de metros cúbicos de água) que deságua no litoral Norte-riograndense, localizado no município de Mossoró depois de drenar todo vale do Apodi que estrategicamente seria o açude de Santa Cruz do Apodi. Por adução, alimentaria o Rio Jaguaribe, desaguando na Barragem do Castanhão, que tem capacidade máxima de acumulação de 6,5(seis bilhões e meio de metros cúbicos.

A construção dessa barragem é uma obra que não pode ser vista de forma isolada. Ela faz parte de um projeto desenvolvimentista amplo que busca suprir as épocas de secas da região. Um projeto que está inserido no contexto de desenvolvimento do Nordeste, que incluí a transposição do Rio São Francisco e a interligações das águas do interior do Ceará com a região metropolitana de Fortaleza. Está inserida também com o desenvolvimento de terras improdutivas e regiões com características turísticas. Ou seja, é uma das faces de um projeto maior do Governo Federal e Estadual.

Esta alternativa supracitada acima viabilizaria a entrada do Projeto de integração do São Francisco no Ceará. Não pelo Rio Salgado e sim, pela chapada do Apodi, pois, minimizaria custos Sócio-ambientais, E, sobretudo, não precisaria revestir o leito do Rio salgado, pois, como se sabe, até pelo nome de Rio Salgado, a composição mineralógica de seus solos, tem predominância de cloreto de sódio. Que obviamente, salinizaria as águas doce oriundas do São Francisco. Se por acaso, fosse feito o revestimento do leito do Rio Salgado, degradaria seu leito nesta seção revestida, impedindo seu ciclo hidrológico.
Da chapada do Apodi se possível, e é possível depois de vencer pequenos divisores de água de Micro-bacias entre a chapada Apodi e o Vale do Açu, interligando as águas vindas do Rio São Francisco até o Vale do Açu, desaguando na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que foi construída pelo DNOCS, forma o Açude Açu, o segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Está localizada no Rio Piancó (também chamado Rio Açu), 6 km a montante da cidade de Açu, no Rio Grande do Norte interligando desta forma, as grandes bacias hidrográficas do Semi-Árido Setentrional, que sãos as Bacias Hidrográficas do Jaguaribe, Piancó/Açu e do Apodi.
Já concernente ao Eixo Leste, O COMPLEXO COREMAS/MÃE D’ÁGUA se interligaria as nascentes da Sub-bacia do Taperoá através da Adutora Coremas/Sabugi, versão Cacimbas de Areia, que através de adução desaguará no açude de Jeremias, no município de Desterro – PB, que por gravidade cairá na Bacia hidrográfica do Taperoá, que poderá também, interligar a uma das nascentes do Pajéu no município de Brejinho – PE, que por gravidade voltará ao São Francisco através do Exutório do Pajéu.



ESQUEMATIZAÇÃO DA ADUTORA COREMAS/SABUGI
FONTE: GEO PORTAL AESA
Finalmente, as nascentes do Seridó Norte-Riograndense e Paraibano, do Curimataú e Mamaguape seriam drenados pelo redimensionamento da Adutora do Cariri, ou seja, capilarizando as das bacias hidrográficas mencionadas anteriormente, através da adutora do Cariri, a partir de construção de uma Estação Elevatória construída no Município de Olivedos – PB.

Desaguando nos municípios de Cubati, Barra de Santa Rosa-PB e Montadas-PB respectivamente, locais de uma das nascentes do Seridó Norte-Riograndense e Paraibano, do Curimataú e Mamaguape que é aduzida do Açude Epitácio Pessoa, principal barragem que recebe as Águas do Eixo Leste do projeto de Integração São Francisco (PISF) por gravidade a partir do açude Poções no Município de Monteiro-PB de onde deságua para a barragem de Acauã, que vai desemborcar no meio do mar na Foz do Rio Paraíba no município de Cabedelo-PB.


ESQUEMATIZAÇÃO DA ADUTORA CARIRI
FONTE: GEO PORTAL AESA

Deve-se ressaltar também, que a partir da Barragem de Acauã possuirá uma adução até a Barragem de Araçagi que desaguar no Mamanguape perenizando todo baixo Mamanguape, e que em suma, teria uma maior difusão do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), ou seja, distribuiria as águas do “Velho Chico”, com uma melhor eqüidade Sócio-Econômico-Ambiental para os Estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.


Texto escrito por:
Pedro Severino de Sousa
Em Junho/2010