sexta-feira, 31 de outubro de 2008

POPULAÇÃO DESESPERADA CLAMA POR ÁGUA



VÍDEO SOBRE...

FALTA DE ÁGUA













POPULAÇÃO DESESPERADA CLAMA POR ÁGUA




A comunidade do Distrito de Casinha do Homem, no município de Santa Cruz, no alto sertão da Paraíba, clama por água. A situação é gravíssima, muito dolorosa. O povo está sofrendo muito. Trata-se de uma população de mais de mil pessoas.

Como pastor desse povo, venho clamar às autoridades do Estado medidas emergenciais, no sentido de amenizar o drama pela qual passa essa comunidade. Providências têm que ser tomadas com urgências.

Na próxima terça-feira, dia 04, iremos fazer uma GRANDE MOBILIZAÇÃO na comunidade, visando chamar a atenção do governo do Estado para a gravidade do problema. Na ocasião, será erguida a CRUZ DE LATAS, como símbolo maior de nossa luta por água.
Sou padre desse Distrito, por isso, sinto-me na obrigação de estar ao lado desse rebanho, que grita pelo o líquido precioso. Não se trata de sensacionalismo, é pura realidade. A sede é grande e a população está revoltada.


MOBILIZAÇÃO



Data: 04 de novembro de 2008 (próxima terça-feira) Local: Distrito de casinha do homem (9 km da cidade),em frente à capela.
Hora: 09h00minh da manhã.


Santa Cruz - Pb,
29 de outubro de 2008.
Padre Djacy P. Brasileiro.
Tel. 83-3536-1119 ou 9911-3141



terça-feira, 28 de outubro de 2008

QUESTIONAMENTOS SOBRE A TRANSPOSIÇÃO





VÍDEO SOBRE...

PROJETO SÃO FRANCISCO









QUESTIONAMENTOS SOBRE A TRANSPOSIÇÃO


Olá Zé Nilde, respondendo a você a onde pergunta sobre a Transposição se vai chegar à Paraíba, por onde? Pelo Rio Piancó ou pelo Piranhas? Te afirmo que erroneamente, os técnicos(Franscisco Sarmento, Rômulo Macedo, entre outros) a pedido do então (1998) Ministro da Integração Fernando Bezerra, Norte-Riograndense Casado e Batizado do Governo FHC, optaram na entrada pelo Eixo Norte, derivação esta que vai para os sertões da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, no caso especifico da Paraíba, pela as nascentes do alto- Piranhas, que deságua no Açude Eng. Ávidos...Além do Eixo Leste, que cai nas nascentes do Rio Paraíba, no Município de Monteiro(PB), aí dispensa comentários, pois foi uma decisão acertada...

Quando eu falo que a entrada pelo Eixo Norte, foi uma decisão errada, foi por que, a priori, quando já se discutia sobre a Transposição, no Governo Militar do General João Batista Figueiredo, quando era o então Ministro Mario Andreazza se tinha uma única entrada, que era justamente, pelo o Eixo Norte, que para o Ceará iria pelas as Nascentes do Rio Salgado, nas mediações de Milagres(CE), já concernentes a entrada pela Paraíba, viria pelo Rio Piancó, que cairia no Açude de Coremas, a grande caixa da água do Estado da Paraíba, donde cairia no Rio Piranhas/Açu, atendendo em cheio o Estado do Rio Grande do Norte...O Rio Grande do Norte, é que teria que fazer a derivação Rio Apodi para neste caso atender a Região do Apodi, polarizada por Mossoró...Já no caso da Paraíba, ou melhor de se atender o Cariri, Curimatau e o compartimento da Borborema, especificamente Campina Grande, seria feito uma derivação do Açude de Coremas até as nascentes do Rio Taperoá, que deságua no Rio Paraíba, daí solucionaria a Entrada do Eixo Leste, como abordei anteriormente...No ensejo, anexo a este texto, o um artigo meu, que aborda em parte, esta questão, além que a partir deste referido texto suscitou também a Federalização do Rio Piancó, através de resolução baixada pela ANA (Agência nacional de Águas)...



Eis o artigo:




É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?
Está em todos os livros de geografia da Paraíba, sem exceção, quer seja didático, paradidático, ou de leitura complementar, diz que a bacia do Rio Piranhas, é a principal bacia hidrográfica do sertão paraibano. Tendo vários Rios como seus afluentes. No alto-Piranhas, Rio do Peixe. No médio-Piranhas, Rio Espinharas, Rio Panati, Rio Sabugi, entre outros, inclusive, o Rio Piancó e Rio Aguiar. Já no baixo-Piranhas, o Rio Piranhas: deságua no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.

Entretanto, vejo discrepância nesta afirmação, em o Rio Piranhas ser a principal bacia hidrográfica do sertão da Paraíba. Pois, se não vejamos: o Rio Piranhas em toda sua nascente, até mesmo considerando as bacias hidrográficas dos açudes de Engenheiro ávidos, São Gonçalo e Lagoa do Arroz, que deságua no Rio do Peixe, toda esta bacia hidrográfica mencionada anteriormente, só representa 1662km² (mil seiscentos e sessenta e dois quilômetros quadrados), e toda sua bacia hidráulica somente acumula 380.000.000m³ (trezentos e oitenta milhões) de metros cúbicos de água...

Enquanto que as bacias dos Rios Piancó e Aguiar, que alimenta o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, têm quase 8.000km² (oito mil de quilômetros quadrados) de bacia hidrográfica e um volume de 1358.000.000m³ (um bilhão trezentos e cinqüenta e oito milhões) de metros cúbicos de água de bacia hidráulica.

Então, se vê a olho nu, não precisa nem mesmo de uma analogia mais apurada para se constatar que a bacia do vale do Piancó, é bem maior do que a bacia das nascentes do Rio Piranhas, como mostra os números mencionados anteriormente. E é de uma supremacia bem superior, pois, tanto a bacia hidrográfica do vale do Piancó, é 5(cinco) vezes maior do que a bacia do Rio Piranhas. E também referente à bacia hidráulica, só basta citar a bacia hidráulica do sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, que é 3,5(três vezes e meia) maior do que toda bacia hidráulica do alto Piranhas, inclusive, incluindo os açudes Engenheiro Ávidos, São Gonçalo, Lagoa do Arroz e até mesmo o Açude de Pilões.

E têm mais ainda, o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, desde do inicio da década de 50, existe uma hidrelétrica, com uma vazão regularizada de 6m³/s(seis metros cúbicos por segundo), diuturnamente, perenizando Rio Piancó até a confluência com Rio Piranhas no município de Pombal (PB), que desemboca no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.

E o mais absurdo de tudo isto, segundo meu ponto de vista, depois das discussões da Transposição das Águas do São Francisco para os Sertões do Nordeste do Brasil, que concerne à ramificação (entrada) pelo Sertão da Paraíba, deveria ser pelo vale do Piancó, e não pelas a nascente do Rio Piranhas, segundo o Projeto da Transposição, elaborado pelo Ministério da Integração Nacional. Até porque o sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, conhecido popularmente como o açude de Coremas, é a grande “caixa dágua” do Estado. E tem mais, segundo ao “Plano das Águas”, existem 12 projetos Hidroagrícolas para Estado da Paraíba, dos quais nove são encravados no vale do Piancó: Piancó l,ll,lll, lV, V, Vl, Poço Redondo (Santana de Mangueira), Projeto Gravatá (Nova Olinda) e Projeto Genipapeiro (Olho Dágua) e Mais o Projeto das Várzeas de Sousa, alimentado pelo Canal da Redenção, que sua tomada dágua, é no açude de Coremas... Se realmente a Transposição vier acontecer um dia, e a ramificação do sertão da Paraíba, for mesmo pelas as nascentes do Rio Piranhas, que deságua no Rio do Peixe nas várzeas de Sousa, o Canal da Redenção perderá o seu sentido de ser.



É bom ressaltar que o reservatório Estevão Marinho – Mãe Dágua, constitui-se num dos maiores complexos hídricos da região Nordeste, cuja capacidade máxima chega a mais de l,35 bilhão de metros cúbicos de água, além de dispor de uma hidrelétrica que até a década de 1970 abastecia quase toda região sertaneja como fonte de geração de energia elétrica, e hoje está interligadas ao sistema CHESF, com Paulo Afonso, Estado da Bahia; também uma grande maioria da população paraibana e brasileira não sabe que este grandioso complexo construído nas décadas de 1940 e 1950 tem como meta mais ambiciosa a implantação de um Pólo de Desenvolvimento, denominado, de Meridiano 38, cujo projeto se encontra atualmente no Ministério da Integração Nacional da Presidência da republica.

Caso seja implantado o projeto Meridiano 38 em nosso Estado, vai trazer a redenção de toda essa área (sertão Paraibano), prevendo inclusive a criação de uma Faculdade de Agronomia, escola Técnica Agrícola e Centro Administrativo de Política Agrícola, visando a irrigação de milhares de hectares de terra, trazendo empregos e rendas para inúmeros paraibanos, tendo como epicentro deste Pólo de Desenvolvimento, justamente cidade de Coremas.

(*) Agora, entretanto, provavelmente, os Geógrafos, Engenheiros e os pseudos hidrólogos, entre as décadas de 10 e 20, porventura dos estudos das bacias hidrográficas do alto sertão paraibano, acharam e classificaram a bacia do alto Piranhas, como sendo a principal, até porque, nestas citadas décadas, ainda não estavam construídos os complexos Estevão Marinho-Mãe-dagua, São Gonçalo e tão pouco Engenheiro Ávidos... No entanto, no período chuvoso, entre Janeiro e Junho, a bacia hidrográfica do Rio Piancó, por ser mais íngreme (até por não ter uma várzea, similar como as várzeas de Sousa), em toda sua extensão, escoava todas suas águas para confluência com Rio Piranhas...Já na bacia do alto Piranhas, de Janeiro a Dezembro, escoava suas águas para o Rio Açu, formando o Piranhas-açu. Como é sabido por todos de Janeiro a Junho, o sistema Piranhas-açu, é contribuído pelo próprio Rio Piranhas, alêm do Rio Piancó, Rio Aguiar, Rio Espinharas, Rio sabugi e Rio Seridó, entre outros...Todavia, de Julho a Dezembro, só a bacia hidrográfica do alto Piranhas, alimentava o sistema Piranhas-Açu, através das várzeas de Sousa. Devido às várzeas de Sousa no período invernoso acumulava água e no período de estiagem de Julho a Dezembro, alimentava o citado sistema Piranhas-Açu.




Carta para *Zé Nilde em 11/11/2005

*JOSÉ NILDE, FUNCIONÁRIO APOSENTADO DO DNOCS
RESIDENTE EM FORTALEZA - CE








quinta-feira, 9 de outubro de 2008

DESERTIFICAÇÃO DO NORDESTE DO BRASIL




Desertificação e Degradação do solo
By Binho Gusmão








Desertificação do Nordeste
JORNAL NACIONAL (REDE GLOBO)
DIA: 08.02.21007(QUINTA FEIRA)


Pesquisadores estão reunidos no interior de São Paulo para aprimorar o monitoramento das mudanças climáticas no Brasil - e tentar evitar que algumas regiões se tornem desertos.

Em uma região que já sofre com a seca, qualquer alteração no clima pode ser devastadora. Na previsão mais otimista, o Nordeste brasileiro deve ter nas próximas décadas um aumento de um a três graus na temperatura e uma queda de 15% no volume de chuva.

Isso significa que boa parte da região pode entrar em um processo de desertificação, isto é, passar a ter características semelhantes a dos desertos.

As áreas não serão cobertas pela areia, mas podem se tornar inviáveis para a agricultura e a pecuária, dificultando a sobrevivência dos moradores.

“A agricultura já é marginal, ela pode ser modernizada, mas ela não será o futuro do Nordeste”, diz Carlos Nobre, pesquisador do Inpe.

A área que inclui o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo mostra que os nove estados do Nordeste do país podem ser atingidos pela desertificação. Em algumas partes do Nordeste, a situação deve se agravar.

"Uma recuperação do solo levaria muito tempo. Seria necessário investimentos altíssimos”, avalia o professor da UFRPE, Hernan de Pereira.

Para que o processo de desertificação não seja observado tarde demais e haja tempo para se tomar medidas preventivas, pesquisadores de diversas instituições ligadas ao meio ambiente estão reunidos para montar um sistema de alerta de períodos críticos de seca.



UMA REFLEXÃO CRITICA:



O SEMI-ÁRIDO E SUA FORMAÇÃO CLIMATOLOGICA:

De fato, na realidade, os ciclos de estiagens no Nordeste do Brasil, e de possuir um clima sem-árido, não advem das Mudanças climáticas... Vem talvez, ainda desde da formação do ciclo Hidrológico da biosfera terrestre, numa Idade geológica remota, que o Semi-árido do Brasil, tem este comportamento climatológico adverso... Ao meu vê, devido sua localização geográfica, por estar “Distante” das Frentes Frias, advindas do Pólo Antártico.. E como também, do clima úmido da Amazônia... Além de ter uma topografia acidentada, cheia de altos e baixos(serras e várzeas)... Aonde as serras, funcionam como barreiramento das massas úmidas das convergências intertropicais, afora também, que sua formação de seu relevo superficial, em grande parte(Cariri e Curimataú Paraibano, Agreste Pernambuco, Cariri Cearense e na Chapada do Apodi e Seridó Norte Rio Grandense), apresenta na sua formação, solos de “Formação Cristalinos...”, ou seja, solos com altos teores de salinidades, inadequados para germinação de vegetação...
Neste caso, não existindo a vegetação, diminui sensivelmente, a evapotranspiração nestas citadas regiões...Que por via de conseqüência, vem diminuir seus índices pluviométricos...Outro fator preponderante de tudo isto, é que estas regiões de solos de rochas cristalinas aflorantes, durante o dia, a insolação destas microrregiões nestes solos cristalizados, aquecem, inexoravelmente, as suas troposferas, dissipando deste modo, a formação de chuvas...Um exemplo disto, são os baixíssimos índices pluviométricos da cidade de Cabaceiras na Paraíba, que tem em média 250mm de chuvas anual, conhecida como a cidade mais seca do Brasil...

E das Várzeas, aonde possuem relativas altas pressões atmosféricas, que em parte dissipam as formações de chuvas, devido à troposfera(camada responsável pela condensação das chuvas), estarem numa altitude mais elevada... Ou em tão, devido aos ventos alísios quentes e secos, vindos de alguma semi-atividade de “vulcões”, localizados na América do Sul Ocidental, para ser mais preciso, do extremo sul Chileno, na Patagônia, até ao extremo norte do Equador...

Entretanto, as “Mudanças Climáticas”... Causadas pelo Aquecimento Global e/ou Efeito Estufa, decorrem das Grandes emissões de gases poluentes, jogados na atmosfera terrestre, pelas ações antrópicas... Indubitavelmente, vem também, acelerando e acentuando este quadro de semi-áridez, em todos os ecossistemas da biosfera terrestre, especificamente, o semi-árido do Nordeste do Brasil... Quase, como efeito “Dominó”... Até por que, as Mudanças Climáticas, tem seus “Efeitos e Causas” dentro de uma escala planetária...



Todavia, ao meu vê, o Efeito Estufa, tem seu lado “Positivo”... Apesar de todos os efeitos maléficos causados por este efeito estufa ao meio ambiente e à humanidade, provocado pelo próprio homem, existe uma luz no final do túnel... Com o aquecimento global, haverá degelo das calotas polares, que, por via de conseqüência, aumentará a liquefação das suas massas polares (frentes frias) diminuindo suas densidades, devido aumentarem suas gasosidades, decorrentes dos aquecimentos dessas referidas massas polares, dinamizando sua fluidez no deslocamento periódico dessas referidas frentes frias, para os seus continentes adjacentes. Portanto, são essas já conhecidas frentes frias que levam chuvas para muitos ecossistemas do nosso planeta.

É interessante observar, também, que o aquecimento global estar causando degelo das geleiras continentais e geleiras de montanhas... Então, os degelos dessas mencionadas geleiras, drenarão (irrigarão) suas respectivas regiões, tornando-os, seus microclimas mais úmidos. Por conseqüência, criando um clima, favorável à formação de chuvas... Um exemplo, mais palpável de tudo isto, mencionado anteriormente(degelo das calotas polares, degelos de geleiras continentais e de montanhas)...
Vem, desde 2002, aumentando consideravelmente, em muitos ecossistemas da biosfera terrestre, os seus índices pluviométricos... Aonde, como por exemplo, só em Jan/2004 no semi-árido do Nordeste do Brasil, choveu em torno de 500 mm, 10(dez) vezes sua média histórica, que é de somente 50mm...Pelo visto, dando a este sofrido semi-árido nordestino brasileiro, um certo conforto, concernente aos seus recursos hídricos...Se assim, não tivesse sido ocorrido, certamente, estariam os recursos hídricos nordestinos, à beira de um colapso...

E que agora mais recentemente(Jan/fev/2007), nunca choveu tanto, como vem chovendo no Norte de Minas Gerais(região esta contida dentro do polígono das secas)....E que por sinal, o Rio são Francisco, veio transbordar o seu leito normal em até 7 metros...


PEDRO SEVERINO DE SOUSA
ESCRITOR DO LIVRO:
ÁGUA : A ESSÊNCIA DA VIDA
(
www.aguapss.rg3.net)
João Pessoa(PB), 08/02/2007

Leia no
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“PEDRO SEVERINO DE SOUSA”