domingo, 28 de dezembro de 2008

É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?



VÍDEOS SOBRE...


Sangrador do açude Coremas








Coremas, um Oásis no Sertão










É A BACIA DO PIRANHAS(*) OU DO PIANCÓ?



Está em todos os livros de geografia da Paraíba, sem exceção, quer seja didático, paradidático, ou de leitura complementar, diz que a bacia do Rio Piranhas, é a principal bacia hidrográfica do sertão paraibano. Tendo vários Rios como seus afluentes. No alto-Piranhas, Rio do Peixe. No médio-Piranhas, Rio Espinharas, Rio Panati, Rio Sabugi, entre outros, inclusive, o Rio Piancó e Rio Aguiar. Já no baixo-Piranhas, o Rio Piranhas: deságua no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.


Entretanto, vejo discrepância nesta afirmação, em o Rio Piranhas ser a principal bacia hidrográfica do sertão da Paraíba. Pois, se não vejamos: o Rio Piranhas em toda sua nascente, até mesmo considerando as bacias hidrográficas dos açudes de Engenheiro ávidos, São Gonçalo e Lagoa do Arroz, que deságua no Rio do Peixe, toda esta bacia hidrográfica mencionada anteriormente, só representa 1662km² (mil seiscentos e sessenta e dois quilômetros quadrados), e toda sua bacia hidráulica somente acumula 380.000.000m³ (trezentos e oitenta milhões) de metros cúbicos de água...



Enquanto que as bacias dos Rios Piancó e Aguiar, que alimenta o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, têm quase 8.000km² (oito mil de quilômetros quadrados) de bacia hidrográfica e um volume de 1358.000.000m³ (um bilhão trezentos e cinqüenta e oito milhões) de metros cúbicos de água de bacia hidráulica.


Então, se vê a olho nu, não precisa nem mesmo de uma analogia mais apurada para se constatar que a bacia do vale do Piancó, é bem maior do que a bacia das nascentes do Rio Piranhas, como mostra os números mencionados anteriormente. E é de uma supremacia bem superior, pois, tanto a bacia hidrográfica do vale do Piancó, é 5(cinco) vezes maior do que a bacia do Rio Piranhas. E também referente à bacia hidráulica, só basta citar a bacia hidráulica do sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, que é 3,5(três vezes e meia) maior do que toda bacia hidráulica do alto Piranhas, inclusive, incluindo os açudes Engenheiro Ávidos, São Gonçalo, Lagoa do Arroz e até mesmo o Açude de Pilões.

E têm mais ainda, o sistema Estevão Marinho- Mãe Dágua, desde do inicio da década de 50, existe uma hidrelétrica, com uma vazão regularizada de 6m³/s(seis metros cúbicos por segundo), diuturnamente, perenizando Rio Piancó até a confluência com Rio Piranhas no município de Pombal (PB), que desemboca no Rio Açu, formando a bacia Piranhas-Açu.

E o mais absurdo de tudo isto, segundo meu ponto de vista, depois das discussões da Transposição das Águas do São Francisco para os Sertões do Nordeste do Brasil, que concerne à ramificação (entrada) pelo Sertão da Paraíba, deveria ser pelo vale do Piancó, e não pelas a nascente do Rio Piranhas, segundo o Projeto da Transposição, elaborado pelo Ministério da Integração Nacional.


Até porque o sistema Estevão Marinho-Mãe Dágua, conhecido popularmente como o açude de Coremas, é a grande “caixa dágua” do Estado. E tem mais, segundo ao “Plano das Águas”, existem 12 projetos Hidroagrícolas para Estado da Paraíba, dos quais nove são encravados no vale do Piancó: Piancó l,ll,lll, lV, V, Vl, Poço Redondo (Santana de Mangueira), Projeto Gravatá (Nova Olinda) e Projeto Genipapeiro (Olho Dágua) e Mais o Projeto das Várzeas de Sousa, alimentado pelo Canal da Redenção, que sua tomada dágua, é no açude de Coremas... Se realmente a Transposição vier acontecer um dia, e a ramificação do sertão da Paraíba, for mesmo pelas as nascentes do Rio Piranhas, que deságua no Rio do Peixe nas várzeas de Sousa, o Canal da Redenção perderá o seu sentido de ser.

É bom ressaltar que o reservatório Estevão Marinho – Mãe Dágua, constitui-se num dos maiores complexos hídricos da região Nordeste, cuja capacidade máxima chega a mais de l,35 bilhão de metros cúbicos de água, além de dispor de uma hidrelétrica que até a década de 1970 abastecia quase toda região sertaneja como fonte de geração de energia elétrica, e hoje está interligadas ao sistema CHESF, com Paulo Afonso, Estado da Bahia; também uma grande maioria da população paraibana e brasileira não sabe que este grandioso complexo construído nas décadas de 1940 e 1950 tem como meta mais ambiciosa a implantação de um Pólo de Desenvolvimento, denominado, de Meridiano 38, cujo projeto se encontra atualmente no Ministério da Integração Nacional da Presidência da republica.

Caso seja implantado o projeto Meridiano 38 em nosso Estado, vai trazer a redenção de toda essa área (sertão Paraibano), prevendo inclusive a criação de uma Faculdade de Agronomia, escola Técnica Agrícola e Centro Administrativo de Política Agrícola, visando a irrigação de milhares de hectares de terra, trazendo empregos e rendas para inúmeros paraibanos, tendo como epicentro deste Pólo de Desenvolvimento, justamente cidade de Coremas.


(*) Agora, entretanto, provavelmente, os Geógrafos, Engenheiros e os pseudos hidrólogos, entre as décadas de 10 e 20, porventura dos estudos das bacias hidrográficas do alto sertão paraibano, acharam e classificaram a bacia do alto Piranhas, como sendo a principal, até porque, nestas citadas décadas, ainda não estavam construídos os complexos Estevão Marinho-Mãe-dagua, São Gonçalo e tão pouco Engenheiro Ávidos... No entanto, no período chuvoso, entre Janeiro e Junho, a bacia hidrográfica do Rio Piancó, por ser mais íngreme (até por não ter uma várzea, similar como as várzeas de Sousa), em toda sua extensão, escoava todas suas águas para confluência com Rio Piranhas...Já na bacia do alto Piranhas, de Janeiro a Dezembro, escoava suas águas para o Rio Açu, formando o Piranhas-açu. Como é sabido por todos de Janeiro a Junho, o sistema Piranhas-açu, é contribuído pelo próprio Rio Piranhas, alêm do Rio Piancó, Rio Aguiar, Rio Espinharas, Rio sabugi e Rio Seridó, entre outros...Todavia, de Julho a Dezembro, só a bacia hidrográfica do alto Piranhas, alimentava o sistema Piranhas-Açu, através das várzeas de Sousa. Devido às várzeas de Sousa no período invernoso acumulava água e no período de estiagem de Julho a Dezembro, alimentava o citado sistema Piranhas-Açu.





CARTA PARA JUDIVAM RODRIGUES DOS SANTOS
JUDIVAM RODRIGUES DOS SANTOS


Pedro meu amigo e conterrâneo, eu queria saber se Coremas vai ser beneficiado com a transposição do São Francisco... E se vamos poder ver Mãe Dágua sangrando continuamente... Se isso é possível.
Abraço do amigo e fique com Deus...



Meu nobre amigo e conterrâneo *Judivan Rodrigues dos Santos...Sendo breve, vos lhe digo, se o Rio Piancó...Receber também as águas da Transposição do São Francisco(se Deus quiser, vai receber)...Certamente, a nossa Querida Mãe D' Água... “Não”... Que não virá sangrará continuamente... Ou seja, ano após ano...Pois, esta água aduzida do Projeto São Francisco...



Terá um uso múltiplo(água de beber, para matar a sede dos animais, irrigação, lazer, piscicultura, entre outros usos)...Mas, entretanto, acredito eu, existindo uma gestão racional...Dentro de um “Principio Sinergético”...Certamente, manterá o Açude de Curema-Mãe D’Água...Em quase sua capacidade máxima...

Neste caso, basta, ano após ano...Ocorrer precipitações de chuvas...Não muito significativa(com estiagens, que é comum nesta região), ou seja, bem abaixo da Série Histórica do Semi-Árido Nordestino, aonde estar incluso o nosso vale do Piancó, que é de 800mm...Sendo assim, obviamente, a Barragem de Mãe D’ água, sangrará anualmente...

E pelo que se sabe aqui na Paraíba.. É que o nosso Presidente Luiz Inácio Lula da Silva...






Atendendo um pedido do nosso Governador Cássio Cunha Lima... Vai incluir dentro do Projeto São Francisco(Transposição)... Uma entrada também, pelo o Açude Condado, localizado no Município de Conceição...que deságua numa das nascentes do Rio Piancó...Que flui naturalmente, para o "Sistema Curema-Mãe D'Água...

“Se isto na verdade... Tudo isto... abordado acima... Acontecer um dia... Tirará não só Coremas-PB... E sim, todo o Vale do Piancó... Até a confluência desde gigante Rio Piancó...Com o Alto Piranhas, no município de Pombal”... E por não deixar de falar... De todo baixo Piranhas/açu...Do atraso Secular Sócio-Economico-Cultural...




Minhas Saudações Coremenses,
Pedro Severino Faustino

















sábado, 20 de dezembro de 2008

EM RITMO ACELERADO, TRANSPOSIÇÃO DEVE RECEBER REFORÇO DE 5 MIL HOMENS ATÉ JULHO DE 2009





VÍDEOS SOBRE...
Projeto Transposição do Rio São Francisco INPE/SP





EM RITMO ACELERADO, TRANSPOSIÇÃO DEVE RECEBER REFORÇO DE 5 MIL HOMENS ATÉ JULHO DE 2009



Cerca de cinco mil homens serão contratados, até julho de 2009, para dar reforço ao Exército nas obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco. As informações são do Jornal Hoje deste sábado, 20.


SEGUNDO O COMITÊ PRÓ - TRANSPOSIÇÃO

Em defesa do projeto, o eixo leste deverá ser inaugurado também no ano que vem. Já o eixo norte durará mais alguns anos para ficar pronto.
Com a presença de empreiteiras, as obras andam em ritmo acelerado. O Comitê também deve preparar, para o segundo semestre de 2009, uma nova caravana, nos moldes da que aconteceu em junho deste ano, aos eitos leste e norte do rio São Francisco.

Orçado atualmente em R$ 4,5 bilhões, que prevê a construção de dois canais que totalizam 700 quilômetros de extensão. Tal projeto, teoricamente, irrigará a região nordeste e semi-árida do Brasil.

Com previsão de beneficiar 12 milhões de pessoas, o projeto prevê a captação de 1,4% da vazão de 1.850 m³ /s do São Francisco, dividida em dois eixos de transposição:

• EIXO NORTE E EIXO LEITE

Constitui-se em um percurso de cerca de 400 km, com ponto de captação de águas próximo à cidade de Cabrobó-PE. As águas seráo transpostas aos rios Salgado e Jaguaribe até os reservatórios de Atalho e Castanhão no Ceará; ao Rio Apodi, no Rio Grande do Norte; e Rio Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte, chegando aos reservatórios de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, na Paraíba, ambos na Paraíba e Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte. Em Pernambuco, prevê-se a disponibilização de água para atender a demanda dos municípios banhados pelas bacias dos rios Rio Brígida, Rio Terra Nova e Rio Pajeú, que compartilham a Bacia do São Francisco. Na região de Brígida, uma ramificação do canal de transposição com de 110 km de extensão está previsto para conduzir parte das águas até os açudes de Entre Montes e Chapéu. O projeto prevê uma vazão máxima de 99 m³ /s e uma vazão de operação de 16,4 m³ /s.
Segundo o Ministério da Integração Regional, a capacidade máxima será utilizada em períodos de escassez de água nas bacias receptoras e quando a usina hidrelétrica de Sobradinho estiver com sua capacidade máxima, acumulando água nos reservatórios supra-citados.

As águas deste eixo percorrerão a distância de 220 km, a partir da barragem de Itaparica, no município de Floresta (Pernambuco), alcançarão o rio Paraíba, na Paraíba e deverão atingir os reservatórios existentes nas bacias receptoras: Poço da Cruz, em Pernambuco, e Epitácio Pessoa (Boqueirão), na Paraíba. Ramificações serão construídas para transferir parte da vazão para as bacias do Rio Pajeú, do Rio Moxotó e para região agreste de Pernambuco, através da construção de um ramal de 70 km que interligará o Eixo Leste à bacia do rio Ipojuca. A vazão máxima prevista é de 28 m³ /s, mas a vazão média operacional será de 10 m³ /s. De forma similar ao Eixo Norte, prevê-se que o sistema possa operar na vazão máxima em períodos de necessidade da bacia receptora e quando Sobradinho esteja vertendo para acumular água nos reservatórios ao final dos canais.

FONTE:
Redação (com Jornal Hoje)
REDE GLOBO
WSCOM oNLINE




quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A IMPREVISIBILIDADE DAS PREVISÕES METEOROLÓGICAS...




VÍDEO SOBRE...

Explicando o Tempo - Nuvem








Explicando o Tempo - Névoa e Nevoeiro






A IMPREVISIBILIDADE DAS PREVISÕES METEOROLÓGICAS...


Está mais do que evidenciado, que as ações antrópicas estão desnorteando o clima em todo os quadrantes da biosfera terrestre...Principalmente, no caso especifico do semi-árido do Nordeste do Brasil, aonde apresenta um quadro de estação chuvosa, permanentemente de irregularidade na distribuição espacial e temporal...Onde, inexoravelmente, dificulta ainda mais, previsibilidades destas previsões meteorológicas...Todavia, diante desta incerteza, mão custa fazermos uma reflexão... Não seria salutar, que os "Estudiosos" desta Ciência Meteorológica, ao invés só de estudar os fenômenos atmosféricos, deveriam estudar também, os fenômenos Magmáticos do interior da terra, como por exemplo, o vulcanismo, principalmente, as atividades dos vulcões submersos nos mares e nos oceanos...


Não será que o aquecimento das águas do Oceano Pacifico, no litoral Peruano, conhecido pelo fenômeno meteorológico de EL NINO:

Seja decorrentes de cadeias de atividades vulcânicas? E saber também, a mensuração dos gases expelidos, como por exemplos, dos vulcões existentes em toda costa do Oceano Pacifico, que vai deste do extremo sul da patagônia chilena até o estremo norte do Alasca... E vê, se esses gases expelidos por esses inúmeros vulcões referidos anteriormente, não influenciam o clima da terra?

Sabe-se, que o País da Indonésia, sofre o mesmo problema climatológico, como o semi-árido do Nordeste do Brasil, periodicamente e permanentemente, sofre com os seus períodos de estiagens...Não será por que, a Indonésia, é toda circundada por vulcões?



Partindo desses pressupostos, abordados acima, é oportuno(dentro do meu prisma de visão) de se fazer uma analogia, mais analógica desta questão.Ou seja, das influências das atividades vulcânicas submersas nos mares e oceanos e continentais no clima da terra... Onde estão enquadrados(grifo meu) os fenômenos climatológicos El Niño e La Niña... Como é sabido por todos, determinantes do clima da terra...Pois, quando se fala de “Seca” no Nordeste , é devido ao El Niño...E quando se fala em estiagens nas regiões Sul e Sudeste, é devido ao La Niña...Entretanto, o mais inadmissível de tudo isto, é que ainda até hoje... A “Ciência Meteorológica” elaborada pelo os “Doutores” desta área meteorológica desconhecem suas “Causas”.

Todavia, penso eu, como se pode fazer “Previsões Meteorologias”, para anos subseqüentes...Se ainda, os “Estudos Meteorológicos” , não sabem as causas dos fenômenos climatológicos com EL Niño e/ou La Niña? Por isso, as Incertezas” dessas “Previsões Meteorológicas”( grifo meu).

Diante disto...Pergunta-se...Como ocorrerão os “índices de chuvas” na estação chuvosa (Janeiro a Junho ) de 2009....Se de maior intensidade, normal ou de menor intensidade?

Se for pelo menos dentro de uma normalidade... Certamente, ocorrerão “Enchentes”, nos rincões dos sertões... Aparentemente, semelhantes às de Santa Catarina...


Pois, a grande maioria (acima de 80%) dos açudes do Semi-Árido Nordestino Brasileiro (leia-se Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte)....se encontram “Cheios”....Ou seja, bem acima dos níveis de acumulação referentes a anos de décadas anteriores...





PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA(PB), 16.12.2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DAS SECAS NO SEMI-ÁRIDO.




VÍDEO SOBRE....

Seca d'Água (Projeto Nordeste já)



SERTÃO SOFRIDO







UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DAS SECAS NO SEMI-ÁRIDO.





Já se souber há muito tempo, desde de logo após ao descobrimento do Brasil, que remonta a 1559, o primeiro registro de seca no Nordeste, segundo narra o livro História de companhia de Jesus do Brasil, do Padre Serafim Leite, citado por Guerra (1951). Sabe-se que no calendário de secas no Nordeste, de um modo geral, ocorreram 9(nove) secas por séculos, uma a cada 11(onze) anos Apesar de afetarem índios e os primeiros colonizadores, as secas dos séculos XVI e XVII não tiveram grandes impactos socioambientais, devido ao número reduzido de habitantes e à abundância de recursos naturais que minimizaram os efeitos das secas (Brito Guerra, 1981). A partir do século XVIII começaram ocorrerem secas de maiores gravidades, como a de 1777 a 1788, quando restou apenas 1/8(um oitavo) do gado da capitania do Ceará(Brito Guerra, 1981). Dentre as secas que causaram maiores prejuízos, destacam-se as secas de 1877 a 1879, que ocasionaram à perda de mais de 500.000(quinhentas mil) vidas humanas(Brito Guerra, 1981)...
Isto ocorreu também, devido à falta de preparo dos então governantes para enfrentarem este problema de estiagens nestes citados anos. De fato também ainda não existia a "Política de Açudagem", para coletar precipitações pluviométricas isoladas que aconteceram na região, muito sofrimento seria evitado. Só depois dessa conhecida "Grande Seca", que motivou o Império a tomar as primeiras medidas para se combater os efeitos de estiagens no Nordeste. Aonde o Imperador Dom Pedro II veio ao Nordeste e prometeu vender "Até a ultima Jóia da Coroa" para amenizar o sofrimento dos súditos desta região... Decorrente disto, no final do século XIX, entre 1886 a 1889, fez com que o imperador Dom Pedro II criasse a Comissão da Seca, formada por uma equipe internacional e multidisciplinar. Baseada em experiências e modelos estrangeiros, a comissão apresentou uma proposta de construção de açudes e reservatórios públicos que, além de ter mais resistência - passando água de um ano para outro -, tinha um caráter mais abrangente - ampliando o atendimento a pequenas localidades... Este foi o primeiro passo para Política de construções de açudagem aqui no Nordeste, que começou com o açude Cedro, em Quixadá, - iniciado em 1888 e concluído em 1906. Após a conclusão dessa obra, em 1909 é criado Instituto de Obras Contras as Secas (IOCS).
No século XX, de 1915 até o inicio da década de 70 no Governo Militar de Emilio Garrastazu Medice. Anos do "Milagre Econômico", do então Ministro da Fazenda Delfim Neto... Aonde veio começar o desenvolvimento Industrial no Brasil, que por via de conseqüência, aumentar substancialmente o êxodo rural, onde se principiou numa progressão geométrica a devastação de matas e florestas, para expansão das médias e grandes cidades... Afora o aumento progressivo das emissões dos gases poluentes jogados na natureza...
Que segundo, o INMET(Instituto Nacional de Meteorologia), os anos de 1915, 1919, 1930, 1953, 1954, 1958, 1962, 1966, e 1970... Foram anos de extremas irregularidades espacial e temporal das chuvas, para não dizerem secos...
Nestas décadas e seus respectivos anos, só não aconteceu o pior, por que o então Presidente Hermes Rodrigues da Fonseca na seca de 1915 reestruturou o Instituto de obras contra as secas (IOCS), que passou a construir açudes de grandes portes. Até então, o IOCS, só se construíam poços, confecção de mapas e abertura de estradas... Que logo depois no ano de 1919, no governo Nilo Peçanha, o IOCS, foi transformado em DNOCS que recebeu ainda em 1919 (Decreto 13.687), o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS antes de assumir sua denominação atual, que lhe foi conferida em 1945 (Decreto-Lei 8.846, de 28/12/1945), vindo a ser transformado em autarquia federal, através da Lei n° 4229, de 01/06/1963... Aonde neste interino foram construídas centenas de açudes nos Estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte.
Agora, entretanto, depois desta abordagem, aonde se mostrou o ciclo de estiagem no semi-árido do nordeste do Brasil, desde logo após do nosso descobrimento, até o inicio da década de 70, anos do nosso milagre econômico. Que até então, ainda, não se tinha degradação ambiental, através de devastação de matas e florestas, e as grandes emissões de gases poluentes... E, sobretudo, o processo latente de desertificação de todos os nossos ecossistemas.
Sabe-se, que o processo de ciclo de estiagens de uma região, estar intrinsecamente, vinculado à dinâmica do seu evolutivo processo de desertificação, principalmente, ocasionado e acelerado pelas ações do homem... Que dentro da civilização humana, temos um exemplo, mais que palpável que é sobre as civilizações Egípcias, que acelerou a formação do "Deserto do Saara"...
Que justiça seja feita também, que esta dita cuja, formação do Deserto do Saara, recebeu influencia direta de sua composição mineralógica dos seus solos, que se compõem com um alto teor cloreto de sódio, e predominância de rochas areniticas... E, sobretudo, outrora, há milhões de anos atrás, esta mencionada área(deserto do Saara) era coberto pelo Mar Vermelho e Mediterrâneo... Pelo visto, salenizando ainda mais, os seus solos...
Tornando uma área imprópria para germinação de matas e florestas... Enquanto que o permanente ciclo de estiagens, ora abordado aqui neste capitulo(5.1), que se teve a intenção de mostrar que nos séculos XVI, XVII, XVII, XIX e XX até os anos 70... Que, Ainda não se tinha o processo devastador do desmatamento das matas e florestas, principalmente das matas ciliares, e nem tampouco o aquecimento global, através das mudanças climáticas. Entretanto, ocorreram secas, que deixaram seqüelas irreversíveis para o bem estar socioambiental de toda comunidade nordestina. Por sorte, não tivemos ainda um processo acentuado de desertificação, similar ao Deserto do Saara, por que a composição mineralógica dos solos na grande maioria do Nordeste( exceto em algumas regiões, como por exemplos, região de Mossoró(RN), banhada pela a bacia hidrográfica do Rio Apodi. E a região da chapada do Araripe no Ceará. Afora Cariri e Curimataú Paraibano), serem constituídos por "Solos argilosos", quetem baixo teor de salinidade... E a nossa civilização ser bem mais nova do que a civilização egípcia, enquanto que a civilização egípcia, ter mais de três mil anos...Nos, nordestinos, como sociedade, temos menos de 500(quinhentos anos... Dando prosseguimentos nos anos de secas, no nordeste...
Durante a década de 80, rigorosamente só teve um interstício de uma seca. Que foram os anos de 1982 e 1983... Nos anos de 1984, 1985 e 1986 foram formidáveis anos de chuvas, aonde sangraram a grande maioria dos açudes construídos pelo DNOCS... Como por exemplo, o complexo Estevão Marinho – Mãe D' Água,
Conhecido popularmente, pelo açude de Coremas(PB), que sangrou com a sua maior lamina D'água da sua História, que chegou atingir a 2.80cm(dois metros e oitenta) centímetros... Já nos anos da década de 90... Os anos de 1993, 1996, 1997, 1998 e 1999, foram anos sofríveis... Que continuaram até o inicio da década de 2000, ou seja até o ano de 2001... Entre 2002 e 2003, já teve certa melhora, que a partir de Janeiro de 2004até a presente data Junho de 2006, melhorou substancialmente, em média nos seus índices de chuvas, aqui no Nordeste do Brasil, principalmente, na sua microrregião sertaneja...
Agora diante de tudo isto, merece uma reflexão... É sabido por todos, que esta região semi-árida do nordeste do Brasil, sempre foi de permanentes ciclos de estiagens, que culturalmente falando, a grande maioria dos nordestinos, já os são conformados, apesar de existirem alguns visionários, aonde vislumbram dias melhores... Agora que não dar para se conceber, como visto, que nós nordestinos, aonde vivemos eternamente, ou melhor, secularmente, contido dentro dessa adversidade climática de permanentes ciclos de estiagens, e ainda não se aprendeu a conviver com este permanente ciclo de adversidade meteorológica, aonde o clima é um eterno "vilão" e o homem, um eterno "sofredor". Segundo o entendimento, de Pompeo Maroja, o problema do nordeste, não meteorológico, e sim, hidrológico... "Os problemas meteorológicos são imutáveis. Ninguém evita. Mesmo nos paí¬ses ricos do Primeiro Mundo, como nos Estados Unidos da América.

As grandes catástrofes, terremotos, ventos a mais de 200 km/h, erupção de vulcões. Grandes en¬chentes, inundações etc. Secas e estiagens têm soluções aqui na terra. Nas faltas de chuvas em nossa região, não devemos nos preocupar com El Nino, com o aquecimen¬to das águas do Pacífico. Com frentes frias e coisas assim. A observação desses fenômenos é válida para o Sul do Brasil. A fim de que se possam prever as grandes inundações. Os alagamentos do Rio e São Pau¬lo. O afogamento de rebanhos nos panta¬nais de Mato Grosso e geado nas áreas mais ao Sul do País. Entretanto, no Nordeste, nada disto prevalece. Portanto, temos que nos conscientizarmos, pois, como cer¬to que os fenômenos meteorológicos são imutáveis"... Concordo em grau, número e gênero com esta premissa de Pompeo Maroja. Pois, como é sabido por todos, que a média de chuvas no semi-árido do nordeste do Brasil, é em torno de 800 mm(oitocentos) milímetros. Que se deve ressaltar em "Solos", considerados ótimos... Enquanto que na Califórnia, oeste dos estados Unidos, região de terras ruins e de precipitação pluviométrica que não atingia nem 600mm ao ano. Entretanto, é uma região tão rica em produção agrícola. Tendo, menos chuvas, portanto, que o nordeste brasileiro em ano considerado normal. Por que os Norte-americanos fazem adução das águas rio Colorado, para esta mencionada região de produção agrícola. Agora, entretanto, o que vem agravando de fato a problemática hidrológica nesta região do semi-árido do nordeste do Brasil, segundo meu entendimento, é mais devido, as praticas agricultáveis de manejos inadequados pelas atividades agrícolas ainda rudimentares, com praticas de queimadas, e, sobretudo, na preparação de áreas para o plantio, não obedecendo às técnicas agronômicas e de engenharias agrícolas, e até mesmo, ecológicas, por aonde venham amenizarem os processos erosivos, que vem inexoravelmente, sem exceção, assorear todos os seus corpos hídricos, desde um pequeno córrego até um grande rio... Levando aos recursos hídricos desta região, um processo letal de "Estresse Hídrico", sempre que ocorrem, os repetitivos ciclos de estiagens, que é comum, neste semi-árido do Nordeste do Brasil.
PEDRO SEVERINO DE SOUSA.
JOÃO PESSOA(PB), 15/12/2008
" PEDRO SEVERINO DE SOUSA"



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

LIVRO REVELA HISTÓRIA, PERSONALIDADES E POTENCIALIDADES DO RIO PIANCÓ NA PARAÍBA






VÍDEOS SOBRE..




COREMAS: UM DOS MAIORES AÇUDES DO NORDESTE SANGRA









Coremas, Um Oásis no Sertão








Livro revela história, personalidades e potencialidades do Rio Piancó na Paraíba





São 490 quilômetros de extensão, cruzando 130 municípios na Paraíba e Rio Grande do Norte, 8.000.000.000 m³ de água sem aproveitamento algum: esse é o rio Piancó, tema central do livro do advogado Francisco Teotônio de Souza, que será lançado na próxima sexta-feira, 12, na sede da FAEPA( Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba ) em João Pessoa.


O livro “Piancó - O Pequeno Grande Rio” revela a fascinante e importante historia do rio que nasce na Paraíba e deságua em Macau (RN) e por onde passa plantou desenvolvimento econômico graças a seus recursos naturais. O Piancó banha boa parte do sertão do estado da Paraíba. Nasce no município de Conceição, e dá origem ao Vale do Piancó, onde se encontra Coremas, uma das maiores barragens brasileiras.


O foco do livro são os personagens que marcaram época, bem como os mais variados aspectos do rio, tornando-se inclusive fonte de consulta. O livro também critica o grande número de projetos de aproveitamento da bacia que nunca saíram do papel, e com exceção de algumas áreas de irrigação no Rio Grande do Norte, o rio deságua impune no mar desperdiçando um enorme potencial hídrico, que se aproveitado resolveria muitos dos problemas advindos da seca sem a necessidade de obras como a transposição do São Francisco.

O livro cita dados, estudos, traz números, referencias e personagens importantes. Entre eles podemos citar Domingos Jorge Velho, trouxeram para o sertão da Paraíba escravos negros derrotados e aprisionados em Palmares, utilizados contra os indígenas que resistiam por tempos, depois os negros fugiram do cativeiro e deram origem aos primeiros quilombos sertanejos.

O lançamento do livro está marcado para às 17h30 na sede da FAEPA (Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba ) que fica na rua Engenheiro Leonardo Arcoverde, 320, no bairro de Jaguaribe em João Pessoa. Confirmar presença pelo número 3222-2713.

FONTE: WSCOM