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Caravana da Transposição do São Francisco (TV Itararé)
CARAVANA PRÓ – TRANSPOSIÇÃO( PARTE1 )
CARAVANA PRÓ – TRANSPOSIÇÃO( PARTE2 )
MARCONDES GADELHA VAI ESCREVER LIVRO SOBRE A TRANSPOSIÇÃO
A saga da Transposição do São Francisco está virando livro. De autoria de um dos maiores defensores do projeto, o deputado federal Marcondes Gadelha, a obra, segundo o próprio autor, será uma narrativa em primeira pessoa contando os mais de 20 anos de envolvimento dele com o projeto e todo o processo que gerou o que é conhecido como fase moderna da Transposição, período que começou no governo do presidente Itamar Franco. Marcondes já escreve o livro e acredita poder lançá-lo no primeiro semestre de 2010.
“A obra vai mostrar a evolução do projeto, trará considerações de ordem técnica e, eventualmente, de natureza política”, diz o deputado. O marco inicial do livro é o projeto do Ministro Mário Andreazza. “Andreazza pretendia ser candidato a presidente e a Transposição constaria de seu projeto de governo. Depois de perder a convenção do partido para Paulo Maluff, comenta-se que Andreazza entrou em depressão e morreu em seguida”. Morria com ele o projeto, que foi sepultado em um dos escaninhos do Banco Mundial, em Washington, Estados Unidos. “Na seca de 1993 nós descobrimos esse projeto lá no Banco Mundial.
Começamos a trabalhar a ideia e trouxemos o engenheiro responsável pelo projeto, José de Ribamar Simas”. Na ocasião foi realizada em Sousa, sertão da Paraíba, uma grande reunião para discutir a Transposição. “Esse encontro foi o nascedouro de toda a mobilização em favor do projeto que aconteceu nos anos seguintes. O fruto concreto desse encontro foi uma reunião nossa com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, em Fortaleza. Elaboramos ali a ‘Carta de Fortaleza’ que foi entregue ao presidente Itamar Franco”, relembra Gadelha.
Itamar Franco aceitou a proposta e determinou ao ministro do Interior, o potiguar Aluísio Alves, que iniciasse imediatamente os estudos e elaborasse o projeto técnico. “A partir de então temos uma bela história repleta de lances dramáticos, e até violentos, como no impedimento, à força, da realização de uma audiência pública na cidade de Aracaju, capital de Sergipe. Esse triste episódio abre o livro e eu conto com detalhes como usaram de violência para nos impedir de realizar a audiência pública”. Partindo desse episódio o livro segue em ordem cronológica e chega ao governo do presidente Lula com a efetiva realização da obra da Transposição.
A SECA E O SUBDESENVOLVIEMTO
Sem revelar mais detalhes do livro, Marcondes antecipa que além da história da Transposição, a obra literária deverá trazer uma reflexão sobre a seca e suas implicações no subdesenvolvimento do Nordeste setentrional. “A oferta de água está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico das regiões. Há uma correlação biunívoca entre níveis de desenvolvimento e consumo de água. A transposição resolve um problema secular, o problema da escassez de água no Nordeste setentrional, mas também traz a possibilidade de desenvolvimento para essa região há muito sofrida e com tantos problemas.
Estamos trabalhando para garantir o futuro do Nordeste”.
O livro trará, ainda, a questão ambiental, ponto mais criticado do projeto. Discutimos exaustivamente a questão ambiental, as questões financeiras e também de engenharia, além de diversas questões políticas que permearam vários debates no decorrer dessa história. Também suscitamos a memória dos grandes debates jurídicos que foram travados e que culminaram com o histórico acórdão lavrado pelo ministro Sepúlveda Pertence que encerrou as batalhas judiciais em torno da matéria”. Esse acórdão determinou que todas os julgamentos relativos à transposição seriam feitos pelo STF.
Acervo documental Marcondes revelou que o livro contará com alguns anexos. Fotos, gráficos, tabelas, dados técnicos referentes ao projeto apresentarão a Transposição de maneira clara e objetiva. “Apresentaremos documentos e um grande acervo relacionado ao projeto de Transposição inclusive do modelo atualmente em construção”. Já com título provisório, mas guardado a sete chaves, Marcondes disse esperar que o livro “tenha boa aceitação e posso se tornar um documento de toda essa saga que estamos tendo o privilégio de participar diretamente e que trará incontáveis benefícios a mais de 12 milhões de nordestinos”.
FONTE:
AFONTEENOTÍCIA
Da redação com assessoria Aguinaldo Mota
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