VÍDEOS SOBRE...
Cabaceiras - Encanto do Cariri (parte 1)
http://br.youtube.com/watch?v=2G5k9ZWH9HM&feature=related
Cabaceiras - Encanto do Cariri (parte 2)
http://br.youtube.com/watch?v=EKOiKiwJyPM
Ariano Suassuna
http://br.youtube.com/watch?v=msKQmyIMS5g
O VISIONÁRIO DO CARIRI PARAIBANO
* ESCRITO POR IVALDO GOMES
Eu e minha mania de remar contra a maré. E ela chama-se Ariano Suassuna:
A maré da vez. Mas estou interessado em ressaltar, enaltecer outro paraibano arretado, também de Taperoá:
Ele não é autor de obras de cal e gesso, muito menos de papel e tinta. Mas é seguramente uma das melhores cabeças da Paraíba na e da atualidade.
Deveria ter sido sempre levado mais a sério. O maior defeito de Balduino Lélis (se é que ele possui um defeito a ser destacado) é ser desapegado. É um visionário que enxerga as coisas no futuro do presente. Sabe do passado como ninguém. Vive um presente de olho no futuro, faz e propõe coisas que levaremos décadas para entendê-las em sua dimensão. É uma espécie de Leonardo da Vinci em pleno cariri paraibano.
É de Balduino Lélis a idéia de se ter/realizar uma Universidade Leiga do Trabalho:
Quando vejo Ariano Suassuna sendo reverenciado e reconhecido por todos (nada mais justo), fico a cobrar-me (a cobrar de todos) o porquê de não se dá a mesma importância também a Balduino Lélis? Um criador, inventor, doutor da história, geografia, das artes e da reminiscência cararizeira. Folclorista, professor, colecionador, pregustador das coisas e da cultura do nordeste. Falar em Taperoá e não falar em Ariano Suassuna, Balduino Lélis, Manoelito Vilar, Vital Farias, é a mesma coisa que falar de Paris e esquecer do Museu do Louvre e da Torre Eifel. Mas cadê o reconhecimento público dessa figura fantástica que fez do seu ‘que fazer’ um testemunho de humildade, compreensão e visionice? A Paraíba precisa reconhecer e enaltecer a contribuição inestimável de Balduino Lélis ao pensamento contemporâneo da Paraíba.
Não sei por onde ele anda. Pois faz uns cinco anos que não nos vemos. Não sei como tem vivido e o que faz no momento. Com certeza deve andar de lá pra cá, em seu cariri velho de guerra, a propor soluções para que homens e mulheres possam viver melhor. Quando desci pela primeira vez na sua Taperoá e vi e vivi a Universidade Leiga do Trabalho que ele fez com seus próprios recursos, disse pra Ana Maria, minha companheira de estrada: esse cara é doido. Pois só um doido faria tudo isso dessa forma. Mais foram os ‘doidos’ que fizeram o mundo avançar. Quando fecho os olhos e me deixo invadir pela imagem desse homem fantástico que o barro do cariri conseguiu produzir, me encho de orgulho de ter podido desfrutar da sua amizade e da sua genialidade.
TAOEROÁ! TAPEROÁ! TAPEROÁ! TAPEROÁ!...
VIVA O CARIRI PARAIBANO!
*ESCRITOR IVALDO GOMES
FONTE: HERMES DE LUNA
Ele não é autor de obras de cal e gesso, muito menos de papel e tinta. Mas é seguramente uma das melhores cabeças da Paraíba na e da atualidade.
*BALDUINO LÉLIS:
Deveria ter sido sempre levado mais a sério. O maior defeito de Balduino Lélis (se é que ele possui um defeito a ser destacado) é ser desapegado. É um visionário que enxerga as coisas no futuro do presente. Sabe do passado como ninguém. Vive um presente de olho no futuro, faz e propõe coisas que levaremos décadas para entendê-las em sua dimensão. É uma espécie de Leonardo da Vinci em pleno cariri paraibano.
É de Balduino Lélis a idéia de se ter/realizar uma Universidade Leiga do Trabalho:
Em pleno coração do cariri. Onde os ofícios possam ser repassados de uma geração para outra e ai sim garantir que a cultura do fazer de hoje e ontem possam acontecer no futuro. É dele a primeira tentativa paraibana de estabelecer um laboratório em fitoterápicos, onde as raízes e as ‘meizinhas’ de nossas avós pudessem sobreviver à alopatia (remédio químico) que tomou conta do mundo. Com ele vi nascer quatro museus temáticos. Os de Monteiro, Cabaceiras, Sumé e Taperoá. Foi com ele que aprendi que o que vale é o que está dito e nem sempre o que está escrito.
Quando vejo Ariano Suassuna sendo reverenciado e reconhecido por todos (nada mais justo), fico a cobrar-me (a cobrar de todos) o porquê de não se dá a mesma importância também a Balduino Lélis? Um criador, inventor, doutor da história, geografia, das artes e da reminiscência cararizeira. Folclorista, professor, colecionador, pregustador das coisas e da cultura do nordeste. Falar em Taperoá e não falar em Ariano Suassuna, Balduino Lélis, Manoelito Vilar, Vital Farias, é a mesma coisa que falar de Paris e esquecer do Museu do Louvre e da Torre Eifel. Mas cadê o reconhecimento público dessa figura fantástica que fez do seu ‘que fazer’ um testemunho de humildade, compreensão e visionice? A Paraíba precisa reconhecer e enaltecer a contribuição inestimável de Balduino Lélis ao pensamento contemporâneo da Paraíba.
Não sei por onde ele anda. Pois faz uns cinco anos que não nos vemos. Não sei como tem vivido e o que faz no momento. Com certeza deve andar de lá pra cá, em seu cariri velho de guerra, a propor soluções para que homens e mulheres possam viver melhor. Quando desci pela primeira vez na sua Taperoá e vi e vivi a Universidade Leiga do Trabalho que ele fez com seus próprios recursos, disse pra Ana Maria, minha companheira de estrada: esse cara é doido. Pois só um doido faria tudo isso dessa forma. Mais foram os ‘doidos’ que fizeram o mundo avançar. Quando fecho os olhos e me deixo invadir pela imagem desse homem fantástico que o barro do cariri conseguiu produzir, me encho de orgulho de ter podido desfrutar da sua amizade e da sua genialidade.
TAOEROÁ! TAPEROÁ! TAPEROÁ! TAPEROÁ!...
O que tens a esconder para produzir filhos tão ilustres? E viva...
Ariano Suassuna!
Balduino Lélis!
Manoelito Vilar! Vital Farias!
VIVA O CARIRI PARAIBANO!
*ESCRITOR IVALDO GOMES
FONTE: HERMES DE LUNA
16/06/2007 às 14:58
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